PRÁTICAS ESPIRITUAIS
Todo e qualquer ensinamento possui caráter geral, exigindo adaptações às nossas necessidades pessoais, porque o indicado é encontrar um ponto de equilíbrio particular. É possível fazer tudo, especialmente fazer muito mais do que fazemos ainda hoje. Quando bem conscientes, podemos dividir o dia em vários períodos, conforme as nossas possibilidades, tais como trabalho, limpeza de casa, leitura, lazer e praticar nosso ritual particular (meditação, leitura de livros para crescimento interior, estudo e reflexão das instruções recebidas, músicas, mantras, orações, etc).
A repetição é a mãe da sabedoria, diz um antigo ditado. Quanto mais se pratica, tanto mais se aprende e se faz melhor. Qualquer ritual é uma forma de conhecimento teórico e prático, através do qual os participantes descobrem quem realmente são e o papel que cada um exerce no mundo. A imaginação associada à prática de exercícios, orações, cantos, visualizações e mantras leva a pessoa a identificar-se com aquilo que está fazendo, com resultados práticos e eficientes, a partir dos quais podemos assinalar vários benefícios pessoais e grupais:
1. Purifica a mente e o espírito
2. Preenche os espaços vazios em momentos de aflição, preocupação, sofrimento, depressão.
3. Substitui os pensamentos negativos e sombrios por vibrações elevadas.
4. Faz a alma lembrar-se de sua condição divina.
5. Conscientiza e resgata parte da missão pela qual está no plano físico.
6. Aproxima a pessoa dos seres de luz.
7. Revitaliza o corpo, acalma as emoções, serena a mente, alimenta o espírito.
8. Dá consciência da unidade de todas as coisas.
9. Ajuda na cura de males físicos e emocionais.
10. Dá um sentido mais prático à existência e, conseqüentemente, tanto eleva a auto-estima quanto melhora a qualidade de vida.
11. Faz conhecer a verdadeira liberdade.
12. Desenvolve o respeito pela vida e o sentimento de fraternidade.
13. Ensina o indivíduo o sentido da grande unidade.
14. Permite compartilhar com outras pessoas sua alegria interior.
15. Abre os portais do mundo divino.
No Endoismo, sabemos que o que se faz é mais importante do que o que se pensa ou se aprende.
O MISTÉRIO DO ENDO
Endo é derivação do prefixo grego éndon, que significa dentro, no interior de. Como prefixo é algo fixado antecipadamente, exato, perfeito. Ismo é a derivação do sufixo grego ismós, que, em latim, originou o sufixo ismus. Dentro da língua portuguesa, o ismo possui extraordinária vitalidade atestada por várias representações, entre as quais ação, modo de proceder e maneira de pensar e/ou sentir.
O endo é constituído de duas sílabas: en + do. En/em exprime idéia do lugar onde se está, tempo em que algo sucede, ou que se faz alguma coisa. Sua origem latina contempla, também, a variação in. Do é a contração da preposição de com o artigo ou pronome demonstrativo ou neutro o, significando daquele ou daquilo.
Resumindo, em/en conduz o discípulo a encarnar sua condição divina no próprio lugar onde ele se encontra atualmente, porque nesse lugar ele foi colocado pela hierarquia cósmica. É uma condição tanto de espaço quanto de tempo, uma possibilidade e oportunidade de confirmar sua condição de espírito imortal encarnado no plano físico. Do representa viver em Deus, porque seu sentido é abrangente e confirma que daquele e daquilo é Ele, portanto, o todo e a própria unidade.
O endo é ser Deus em ação, aqui e agora. Ismo significa ação, modo de proceder e maneira de pensar e sentir. Portanto,
Endoismo significa pensar, sentir, fazer e ser.
SER OU NÃO SER?
“Insensato, insensato!
Os esforços que fazes para ocultar o que és
são muito mais penosos do que terias de fazer
para seres o que desejas aparentar.”
A proposta do Endoismo é a seguinte:
1. Trabalhar pelo retorno à harmonia cósmica.
2. Sujeitar-se à lei divina.
3. Desabrochar da consciência crística.
4. Trabalhar a idéia de servir a Deus.
5. Descobrir o desígnio divino.
6. Desfazer a ilusão.
7. Cumprir a promessa divina de tornar o homem um deus criador, agora consciente de suas potencialidades, mas também de suas responsabilidades.
8. Viver melhor.
9. Tornar Deus uma realidade no aqui e agora.
10. Tornar-se parte da Unidade Divina.
O Endoismo não é uma religião, uma seita, nem mesmo apenas mais uma filosofia de vida. É mais do que isto: é um estado de espírito, é viver a vida em toda sua plenitude. O impulso vem de dentro, e, se for bem interpretado, canaliza o esforço do homem de forma dirigida ao cumprimento da vontade divina. O endo é uma lei que exige a divinização do indivíduo, mesmo que aparentemente conflitante com os seus desejos finitos.
Ironicamente, o esforço que o homem faz para não tornar-se um deus é maior do que faria para cumprir o seu destino. Por esta razão, o Endoismo contribui de forma expressiva para acabar com a ilusão que hipnotiza muitas pessoas. Viver uma vida fora dos padrões divinos é difícil, complicado e requer muito esforço. Muito mais do que se imagina.
Isto pode ser melhor entendido quando observamos a permanente insatisfação do homem em decorrência de ações dirigidas apenas para o plano físico, que é temporal e, portanto, finito. É verdade. É muito mais simples e definitivo ser feliz cumprindo a lei cósmica! Portanto, não se deixe enganar pela lógica, apelos emocionais e verdades preconizadas por pessoas que estão envoltas no mundo da ilusão. Você é divino. Não se contente com pouco. Exija tudo o que a herança divina lhe reserva e viva sua vida da melhor maneira possível!
Como mensagem no início de um novo ciclo anual, sugerimos que as palavras abaixo sejam uma espécie de juramento a selar nossa união com Deus:
Onde quer que esteja Deus,
o senhor e criador de toda a vida,
e onde quer que esteja o homem,
sua divina experiência,
haverá amor, beleza, poder e vitória.
Onde quer que Deus esteja,
lá estarei eu também!